Resumo
O encerramento das escolas, devido à pandemia, mostrou-se especialmente difícil para as comunidades mais vulneráveis e desfavorecidas. O esforço para facilitar a continuidade da educação para todos/as, por meio do ensino a distância (EaD), exigiu o uso de diversas plataformas digitais, assim como uma reflexão sobre o currículo e o significado da aprendizagem. A educação online, já objeto de variados estudos (Dias, 2004; Lencastre & Araújo, 2009; Peres & Pimenta, 2011; Rosenberg, 2006), porque se tornou numa realidade contemporânea, sofreu, nos últimos meses, alterações na forma como é conceptualizada e integrada na prática educativa.
Neste texto, debruçamo-nos sobre o modo como os/as professores/as do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em Portugal, se organizaram para ajudar os/as alunos/as a completar o seu processo de aprendizagem no cenário pandémico instalado. A recolha de dados concretizou-se por via de um inquérito por questionário, respondido por 287 professores/as que lecionaram naquele nível de ensino durante o ano letivo 2019/2020.
Na generalidade, os dados indiciam uma comum resistência face à necessidade de mudança, pese embora a mobilização de diferentes estratégias relacionais, didáticas e pedagógicas.
https://parc.ipp.pt/index.php/sensos/article/view/3788